Mesmo antes da Antiguidade a palavra ética, embora não fosse assim denominada, já acompanhava a história da evolução humana.
Contudo, ela vem recebendo as mais variadas interpretações práticas, decorrentes, na maioria das vezes, dos objetivos e interesses do “usuário”.
Esse “usuário” pode ser o setor público, o setor privado ou o indivíduo. Nosso Planeta, ao longo dos séculos, sofreu com desmandos de governos discricionários que dizimaram regiões, eliminando milhões de pessoas em conflitos regionais ou mundiais. E onde estava a ética?
O que dizer de ações também originadas no setor privado e que, na prática de processos predatórios, destroem concorrentes ou não respeitam os contratos firmados? Pergunta-se mais uma vez: onde está a ética?
A existência da OMC (Organização Mundial do Comércio) é um bom sinalizador de que se está na busca de uma regulamentação, pelo menos no comércio internacional.
Sente-se em nossos dias que o pensamento, o conhecimento e a sabedoria de Sócrates, que ordenou este tema, não convergem com que se constata sob a égide da palavra ética.
Sob esse foco queremos expressar que mais adequado que o termo “ética” é o “integridade”.
A ética pode variar de acordo com princípios morais de cada região ou país. Mas integridade é fundamentada e tem critérios tangíveis. Esse é o novo paradigma que devemos construir.
Em âmbito nacional, o que cabe ao setor privado realizar com todo o potencial gerencial para instalar a integridade em seus processos?
Compete ao setor privado ter a integridade como princípio, pois este é o melhor fundamento do processo para construção de um mercado participativo e norteado pelo poder do capital gerencial, compartilhado com todos os intervenientes.
Qualidade e integridade são pilares da inovação, da competitividade não predatória e do crescimento sustentável em uma economia globalizada, o que muito bem ensinam, há mais de uma década, os dois mestres Armand e Donald Feigenbaum em seu livro “O poder do capital gerencial”.
Nossa empresa, de trajetória com mais de meio século, assegura-nos a liberdade de afirmar que ética é embasada em fundamentos intangíveis e variáveis; todavia, a integridade funciona como um filtro e é a resultante de princípios e critérios tangíveis e contínuos.
Convidamos os leitores a esta reflexão.
Joal Teitelbaum
Diretor-Presidente do Escritório de Engenharia Joal Teitelbaum