VALORES? MAS QUE VALORES?
Temos perseverado em nossa linha editorial naquela nova dimensão em que ingressou o planeta na era da globalização, que é a velocidade em tempo real.
A sociedade e o país que não ingressarem nesse ritmo da grande transformação em que a inovação está presente ficarão fora do cenário e não serão protagonistas, mas espectadores que se sujeitarão, inexoravelmente, a se tornar parte de um estado contemplativo.
E é essa busca pelos valores que regem e regerão a humanidade nessa transformação que irá estruturar o mundo do futuro, futuro este mais próximo que se possa imaginar. Estamos ingressando numa terceira transformação.
A primeira foi a industrial, que teve sua alavanca na energia física. A segunda, a da aceleração das mudanças, que se embasou nas novas tecnologias. E a terceira, que é inerente à sabedoria que o ser humano vem a agregar às ações e, portanto, será concretizada por meio de valores e do intelecto.
Esses valores são aqueles que advêm da simplicidade, da transparência e da integridade. São os valores que caracterizam ações que solucionam as questões complexas, abandonando as retóricas da ilusão, e transmitem a confiança.
A resultante será obtida com os componentes das três transformações – a energia física, a utilização da evolução tecnológica e a capacidade humana de bem usar a sabedoria –, mas com o fator velocidade que hoje está disponibilizado.
Essa sabedoria tendendo a tempo real, por mais paradoxal que possa parecer, terá que ser acompanhada do exemplo que nos dá a pequena semente do ipê. Dela emerge a majestosa árvore, que não surge do dia para a noite, nem temos como acelerar o processo. A sabedoria irá residir no fluir da vida e intervir para que o processo seja estável.
Em um cenário de densas nuvens, serão os valores dessa terceira transformação o farol que ilumina o rumo.