Revista Best Home – Edição 45

Edição 45 – Ano 11 – Maio, Junho e Julho 2015

EDITORIAL DO MÊS

O conflito terminara na Europa em maio de 1945 com a derrota do nazi-fascismo e na Ásia até agosto, com as bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki.

Vislumbrava-se uma fase de euforia com as principais democracias, desde os primórdios de 1944, trabalhando em um novo desenho. Lá estava Bretton Woods com as sementes do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), bem mais conhecido como Banco Mundial, que, em sua composição inicial, viria a ser um Banco Social Mundial; o Fundo Monetário Internacional (FMI), que atuaria como um Banco Central Mundial; e o desenho das Nações Unidas, sem um intervencionista como o de Metternich.

Havia uma liderança de visão econômico-financeira poucas vezes repetida nesses 70 anos. Lá Lord Keynes – indevidamente acusado posteriormente de comunista no auge da Guerra Fria, pois confundiram “keysianismo” com Keynes –, que, entre muitas de suas frases lapidares, afirmava: “O ser humano, após uma infinidade de ações insensatas, um dia começa a fazer coisas sensatas”.

Em muitos aspectos ocorreram avanços. Eles estão em todos os campos da atividade humana. Dizer que a Lei de Malthus ainda é uma ameaça se deve à incapacidade humana de implantar uma logística científica para armazenagem e distribuição de alimentos.

A guerra da Coreia não trouxe a terceira Guerra Mundial, a tão temida Guerra Fria derreteu, o Muro de Berlim caiu, mas permanecem outros conflitos que somente podem ser analisados se em algumas regiões do Planeta, a raça humana deva ser considerada como Trogloditas do Século XXI, e nada melhor que os primatas das cavernas, se não pior.

As tragédias de 1939-1945 devem ser sempre lembradas. Perdoadas algumas, talvez. Mas esquecidas, jamais. Chegamos a 2015 e nos questionamos: o que impede o Planeta Terra, que cruza os caminhos infinitos deste Universo finito, ter qualidade de vida de primeira classe?

Falta aprender com o passado, estruturar com qualidade o presente e criar o futuro.

Não se estrutura o presente com um passe de mágica. Durante a campanha da Itália, a Força Expedicionária Brasileira, os nossos pracinhas da FEB e os pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) já sabiam que um canhão se monta em vinte minutos, e um homem demora vinte anos. Assim, se as forças do bem começarem a estruturar o presente com qualidade, poderemos chegar a 2035, quando celebrar-se os 90 anos do final da II Guerra Mundial, com uma nova qualidade global de vida para o Planeta Terra.

Joal Teitelbaum

Presidente